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sábado, janeiro 21, 2017

Após morte de policial, Belém registra 30 assassinatos em um dia


Resultado de imagem para violenciaA secretaria de Segurança Pública do Pará registrou 30 pessoas assassinadas na região metropolitana de Belém entre a manhã de sexta-feira (20) e manhã deste sábado (21).

As mortes aconteceram horas depois que o policial militar Rafael da Silva Costa foi assassinado durante uma perseguição a suspeitos de um assalto no bairro da Cabanagem, periferia de Belém.


Atingido por um tiro na cabeça, o policial chegou a ser levado para o Hospital Metropolitano, em Ananindeua, mas não resistiu aos ferimentos.

O secretário de segurança adjunto do Pará, Coronel Hilton Benigno, confirmou à Folha que dos 30 assassinatos, 25 tinha características de execução. E confirma que os crimes podem ter ligação com a morte do policial.

"A gente leva em consideração a possibilidade de que os crimes sejam uma reação à morte do policial. Mas ainda não podemos afirmar isso com clareza", afirma o secretário.

O número de mortes foi quase dez vezes superior à média diária de homicídios em Belém, que é de três casos.

O perfil dos crimes também fugiu do padrão usual: a maioria aconteceu durante a tarde de sexta e em 16 bairros diferentes de Belém, além das cidades de Ananindeua e Marituba.

Normalmente, os homicídios acontecem à noite e concentram-se nos bairros mais violentos.

Na manhã deste sábado, o governador Simão Jatene (PSDB) fez uma reunião de emergência com a cúpula segurança pública e determinou "apuração rigorosa" dos crimes pelas corregedorias das polícias civil e militar.

Em nota, o governo informou que "não tolera" a ocorrência dos homicídios em número acima da média usual.

O governador ainda telefonou para o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e pediu apoio do governo federal nas investigações.

"A ideia é ter um apoio na área de inteligência. O governador quer uma apuração firme e imparcial", diz o Coronel Hilton Benigno.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará criou um "gabinete permanente de situação", envolvendo todos os órgãos da área de segurança, para acompanhar e monitorar os acontecimentos.

Os corpos das vítimas foram levados para o Instituto Médico Legal e estão sendo reconhecidos por familiares. A Polícia Civil instaurou inquéritos para apurar as mortes.

A secretaria de Segurança informou que parte das vítimas teria passagem pela polícia, mas não precisou um número.


Uma das vítimas identificadas foi o taxista Flávio Oliveira Maciel, 23, morto na porta de casa no bairro do Guamá.

Folha de SP

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