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quarta-feira, junho 29, 2011

Materia do Jornal Diario do Nordeste - Ceara





Vida nos oceanos pode enfrentar extinção sem precedentes

Levantamento realizado por pesquisadores do Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos (IPSO) indica que os ecossistemas marinhos enfrentam perigos maiores do que os estimados até o momento e que correm o risco de entrar em uma fase de extinção de espécies sem precedentes na história da humanidade.
A pesquisa – que reune especialistas de diferentes áreas, como recifes de corais, toxicologia e pesca – conclui que fatores como a pesca excessiva, a poluição e as mudanças climáticas estão agindo em conjunto de uma forma que não havia sido antecipada.
“Estamos vendo mudanças que estão acontecendo mais rápido do que estávamos esperando e de formas que não esperávamos que fossem acontecer por centenas de anos”, destacou Alex Rogers, diretor científico do IPSO e professor da Universidade de Oxford.
Entre as mudanças antes do esperado estão o derretimento da camada de gelo no Ártico, na Groenlândia e na Antártida, o aumento do nível dos oceanos e liberação de metano no fundo do mar.
Plástico
O estudo observa também que existem efeitos em cadeia provocados pela ação de diferentes poluentes.
Alguns poluentes, por exemplo, permanecem nos oceanos por estarem presos a pequenas partículas de plástico que foram parar no leito do oceano. Com isso, há um aumento também do poluentes que são consumidos pela fauna marinha.
Partículas de plástico são responsáveis também por transportar algas, contribuindo para a proliferação de algas tóxicas, o que também é provocado pelo influxo para os oceanos de nutrientes e poluentes provenientes de áreas agrícolas.
O estudo descreve, ainda, como a acidificação do oceano, o aquecimento global e a poluição estando agindo de forma conjunta para aumentar as ameaças aos recifes de corais, tanto que 75% dos corais mundiais correm o risco de sofrer um severo declínio.
Ciclos
A vida na Terra já enfrentou cinco “ciclos de extinção em massa” causados por eventos como o impacto de asteroides e há cientistas que acreditam que o impacto de diferentes ações exercidas pelo homem poderá contribuir para um sexto ciclo.
“Ainda contamos com boa parte da biodiversidade mundial, mas o ritmo atual da extinção é muito mais alto e o que estamos enfrentando é, certamente, um evento de extinção global significativa”, ressaltou o professor Alex Rogers.
O relatório observa, ainda, que eventos anteriores de extinção em massa tiveram ligação com tendências que estão ocorrendo atualmente, como distúrbios no ciclo de carbono, acidificação e baixa concentração de oxigênio na água.
Os níveis de dióxido de carbono (CO2) que estão sendo absorvidos pelos oceanos já são bem mais altos que aqueles registrados durante a grande extinção de espécies marinhas que ocorreu há 55 milhões de anos, segundo a pesquisa.
Mitigação
Entre as medidas mitigadoras aconselhadas pelo estudo, estão o fim da pesca predatória, especialmente em alto mar, onde, atualmente há pouca regulamentação; mapear e depois reduzir a quantidade de poluentes, como plásticos, fertilizantes agrícolas e detritos humanos; e reduzir de forma acentuada os gases do efeito estufa (GEE).
As conclusões do relatório estão sendo apresentadas na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, durante um encontro de representantes governamentais sobre reformas na maneira de gerenciar os oceanos.
Tags: Biodiversidade Marinha, Mudanças Climáticas, Pesca Predatória, Poluição

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