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quarta-feira, novembro 23, 2016

Mais de 30 deputados se inscrevem para debater medidas contra corrupção

Resultado de imagem para Mais de 30 deputados se inscrevem para debater medidas contra corrupçãoDeputados que integram a comissão especial criada para tratar do Projeto de Lei (PL) 4.850/16, das chamadas medidas de combate à corrupção, já estão há mais de duas horas reunidos. Com a expectativa de que o texto seja votado hoje (23) e depois de seis horas de debate na sessão de ontem (22),  mas ainda há uma lista extensa de inscritos que querem se manifestar sobre a terceira versão do relatório apresentado pelo relator Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

Na reunião que começou às 9h40, mais de 20 deputados estavam inscritos para falar a favor da proposta e 14 contra, em discursos que alternam os dois posicionamentos. As críticas destacavam a exclusão do dispositivo que previa crime de responsabilidade para juízes e promotores. O relator tirou o artigo na segunda versão do texto depois de conversar com o procurador Deltan Dallagnol, chefe da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal.

Depois de elogiar o parecer, Fausto Pinato (PP-SP), que foi autor de um dos votos em separado para que o dispositivo seja incluído novamente, afirmou que não há maioria na comissão para a inclusão e pediu para que outros parlamentares que defendem a proposta apenas aprovem o texto se o artigo voltar a integrar as medidas. “Estamos vendo uma imposição do Ministério Público, mas quem vota e vê o tempo necessário somos nós, parlamentares. Quem não deve não teme. Promotor e juiz têm que ter medo de bandido”, afirmou.

O deputado Delegado Edson Moreira (PR-MG) se uniu à crítica e afirmou que há uma "ditadura" do Ministério Público. “É muito poder para pouca responsabilização de quem acha que pode investigar a vida de qualquer cidadão brasileiro e depois descobrir que é inocente. Ninguém sabe a tortura psicológica de ter sob sua cabeça uma investigação ou processo e ficar sendo processado por anos a fio”, disse.

Lorenzoni tentou minimizar as críticas, reconhecendo que o assunto precisa ser tratado, mas em outro momento, e se comprometeu a formular uma proposta já na próxima semana. Segundo ele, há um estudo em andamento para identificar em que legislação a tipificação de crimes e penas atribuídas a juízes e promotores deveria ser incluída. “Podemos concluir as dez medidas e logo depois abrir uma comissão especial para tratar deste ponto e chamar representantes de promotores e magistrados”, afirmou.

Em apoio ao relator, Carlos Sampaio (PSDB-SP) concordou que “não é o momento” de incluir o debate sobre as punições. “Estamos aprovando o relatório de medidas de combate à corrupção. Não tem por que neste relatório falar sobre punições. Não me parece oportuno agora abordarmos crime de responsabilidade de quem de fato combate a corrupção”, disse.


A sessão foi suspensa, a pedido do relator, para que, junto com técnicos legislativos da comissão, pudesse incluir algumas contribuições de texto apresentadas pelos integrantes do colegiado.  A sessão deve ser retomada às 14h30. A expectativa é que o texto seja votado ainda hoje (23).

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