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quarta-feira, agosto 26, 2015

TCU concede mais 15 dias para o governo explicar contas de 2014.

Solicitação foi aceita pelos ministros em sessão da corte nesta quarta.
Pedido de prazo adicional havia sido entregue pelo Executivo na segunda.

Débora CruzDo G1, em Brasília
O Tribunal de Contas da União (TCU) aceitou, nesta quarta-feira (26), o pedido do Executivo federal para que seja estendido em mais 15 dias o prazo para o envio de esclarecimentos sobre supostas irregularidades nas contas do governo de 2014. A solicitação, aprovada em sessão da corte, havia sido entregue pelo Executivo na segunda-feira (24).
No último dia 12, o TCU já havia dado prazo de 15 dias, que se encerraria nesta quinta (27), para que a presidente Dilma apresentasse novos esclarecimentos sobre as contas de 2014. Na ocasião, o tribunal cobrou explicações sobre irregularidades apontadas pela corte e que não foram incluídas, num primeiro momento, no processo.

Com a decisão desta quarta, o governo terá até o dia 11 de setembro para explicar os novos pontos questionados pelo TCU.

Presente à sessão, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, afirmou que o objetivo do governo não é atrasar o processo, mas sim garantir a qualidade da decisão.

Inicialmente contrário à concessão de novo prazo, o relator do processo, ministro Augusto Nardes, disse que mudou de ideia depois de uma conversa, na terça (25), com o advogado-geral da União. Na ocasião, conforme Nardes, Adams teria manifestado a intenção do governo de recorrer, caso o TCU negasse o pedido. 

“O governo teria direito a um agravo, o que poderia demorar mais do que 15 dias. O regimento interno faculta essa possibilidade. (...) Com essa decisão, o governo não poderá solicitar o agravo”, esclareceu Nardes.

“Pedaladas fiscais”
O processo do TCU que analisa as contas do governo Dilma de 2014 apura a realização das chamadas “pedaladas fiscais”, manobras para aliviar, momentaneamente, as contas públicas.

As pedaladas consistem no atraso dos repasses para instituições financeiras públicas do dinheiro de benefícios sociais e previdenciários, como Bolsa Família, seguro-desemprego e subsídios agrícolas. Esse tipo de atraso permite ao governo ter dinheiro em caixa por mais tempo, mas obriga instituições como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil a usar recursos próprios para honrar compromissos.

Em junho, o tribunal deu um primeiro prazo de 30 dias para a presidente Dilma explicar os indícios de irregularidades identificados pela corte. A defesa foi entregue no mês seguinte pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.

O TCU afirma que a prática de atrasar os repasses permitiu ao governo melhorar o resultado das contas públicas, inflando o chamado superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública e tentar manter a trajetória de queda). O órgão de fiscalização também destaca que o volume de operações no governo Dilma foi muito superior ao realizado nas gestões de outros presidentes.

O governo argumenta que não há irregularidades na manobra de atraso de pagamentos a bancos públicos e diz que esse procedimento já foi realizado pelos governos Fernando Henrique Cardozo e Luiz Inácio Lula da Silva.

O julgamento das contas é feito todo ano, como determina a Constituição. Nele, os ministros do tribunal dizem se recomendam ou não ao Congresso a aprovação do balanço do ano passado. O TCU nunca votou pela rejeição. Após o julgamento pelo TCU, as contas precisam ser analisadas pelo Congresso Nacional.

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