Temer diz a senadores é preciso medidas amargas
para sair da recessão

“O primeiro passo é tirar o país da recessão,
depois, sim, começa o crescimento. Dai, sim, do crescimento nascer o emprego.
Então, não vamos ter a ilusão de que você combate a recessão com medidas
simplesmente doces, precisa de medidas amargas. Essas medidas visam ao futuro, não
visam ao presente”, discursou o presidente.
Com elogios ao Congresso, a quem disse que governa
junto com a Presidência da República, Temer confirmou que após a aprovação da
PEC 55/2016, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos, serão necessárias
reformas na Previdência e trabalhista.
“O passo
seguinte, é a [reforma] da Previdência. Vai ser difícil, vai, mas creio que já
há uma consciência nacional, as pesquisas revelam, que ela é indispensável. Não
há como fugir dela. Nós estamos fora do planeta. Os outros países têm regras de
natureza previdenciária completamente diversas das nossas e já admitidas.
Sequencialmente, precisamos ir para uma reformulação de natureza trabalhista
que, aliás, o Supremo Tribunal Federal começou a promover em decisões em que o
acordado prevalece sobre o legislado”.
Para Temer o país não pode encarar com naturalidade
o déficit de R$ 170 bilhões previsto para este ano, nem o rombo de R$ 139
bilhões para 2018. Para convencer os senadores aliados da importância da
aprovação da PEC, o presidente disse que após controlar as contas, o país
voltará a crescer. “Quando começarmos a sair da recessão vamos, evidentemente,
para a busca do emprego que virá pouco a pouco”.
Protesto
Desde o início da noite, cerca de 80 manifestantes,
segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, bloquearam um dos acessos ao
Palácio da Alvorada em protestam contra a PEC que limita os gastos públicos, a
medida provisória que reforma o ensino médio e o projeto de lei que instituiu o
programa escola sem partido. Eles tentavam impedir que os convidados chegassem
ao Alvorada.
A PMDF e a segurança da Presidência montaram uma
cerca a cerca de dois quilômetros do Alvorada por causa dos protestos. Apenas
os parlamentares, pessoas credenciadas e a imprensa foram autorizados a passar.