Salário mínimo cresceu 77% desde 2002, diz Ministério do
Trabalho
Repórter da Agência Brasil

O valor passou
de R$ 496 (valor
atualizado pela inflação) em 2002 para os atuais R$ 880
Arquivo/Agência Brasil
O salário mínimo
aumentou 77,18% acima da inflação desde 2002, passando de R$ 496 (valor
atualizado de acordo com a inflação) para R$ 880 em 2016. Os dados foram
divulgados neste domingo (1º) pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese), a valorização alcança diretamente 48,3 milhões de pessoas, que têm
seus rendimentos referenciados no mínimo.
Em 2017, o salário mínimo deve ser reajustado para R$ 946,
conforme a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Somente neste ano, de
acordo com Dieese, o reajuste deve injetar R$ 57 bilhões na economia
brasileira.
Em mensagem divulgada hoje, o ministro do Trabalho e
Previdência Social, Miguel Rossetto, diz que a classe trabalhadora teve
“direitos importantes melhorados” e ressalta que “este 1º de maio será um dia
de luta pela democracia e pelos direitos sociais conquistados”.
“O salário mínimo tem garantido uma política de valorização,
que fez com que ao longo desses últimos anos crescesse mais de 80% acima da
inflação e por iniciativa da presidenta Dilma [Rousseff], esta política de
valorização de crescimento e garantia do salário mínimo, está garantida até
2019. A renda do nosso povo, em média, subiu mais do que 60% acima da inflação.
Todos ganharam", enfatiza o ministro na mensagem.
Previdência Social
De acordo com o ministério, a política de valorização do
mínimo também impacta diretamente os benefícios da Previdência Social, já que
cerca de 70% dos beneficiários recebem o piso – contingente de 22,5 milhões de
pessoas. Em dez anos, o valor médio das aposentadorias, por exemplo, já acumula
ganho real de 34,7%.
“A Previdência Social ampliou, acolheu mais e mais
trabalhadores e trabalhadoras. Em março deste ano, 33 milhões de brasileiros e
brasileiras receberam benefícios sociais.”, afirma Rossetto.
Em 2014, caso os benefícios da Previdência Social não fossem
pagos, 26 milhões de pessoas entrariam na faixa da pobreza – e não teria
ocorrido uma redução de 13,3% entre os mais pobres. Os dados são de estudo do
Departamento do Regime Geral de Previdência Social, com base na Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2014.
“Tivemos um ano de 2015 difícil, nossa economia parou de
crescer. Problemas provocados pela crise internacional, problemas internos e
por essa artificial e irresponsável crise política não ajudaram em nada o nosso
país. Mesmo diante dessas dificuldades, temos que comemorar as nossas
conquistas, que foram muitas, temos que trabalhar para que elas sejam
preservadas. Não vamos aceitar que interesses políticos, interesses econômicos,
que não são os interesses da classe trabalhadora destruam aquilo que foi conquistado
com muito trabalho e com muita dedicação”, diz Rossetto.