Renan pede serenidade e nega questões de ordem governistas
para suspender sessão
Ao abrir a sessão do Senado que vai decidir sobre a
admissibilidade do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff
nesta quarta-feira (11), o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) falou
sobre “a imensa responsabilidade” que o Senado tem hoje.
Renan fez um apelo para que, neste momento, os senadores
tenham serenidade e espírito público e pediu que hoje disputas regionais e
partidárias sejam deixadas de lado. O presidente do Senado lembrou que desde o
início do processo na Casa pregou isenção e imparcialidade e que até aqui, o
ritmo dos senadores em relação á questão não foi tão célere que suprimisse as
prerrogativas e nem tão lento que parecesse procrastinação.
Renan também destacou que, ao contrário do que ocorreu na
Câmara dos Deputados, até ontem no Senado, quando o advogado-geral da União,
José Eduardo Cardozo, entrou com um mandado de segurança junto ao Supremo
Tribunal Federal (STF) pedindo a nulidade da sessão da Câmara, de 17 de abril,
que autorizou o prosseguimento do processo contra Dilma, nada havia sido
judicializado na Casa. Para Renan, isso prova que o Senado tem conduzido bem o
processo.
Por fim, o presidente do Senado disse que espera que o
debate hoje seja sóbrio e rápido. “ É difícil que seja uma decisão indolor, mas
espero que seja uma decisão republicana”, concluiu.