Renan não acata decisão de Maranhão e dá continuidade ao
processo de impeachment

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou
há pouco a decisão de manter o trâmite do processo de impeachment da presidenta
Dilma Rousseff no Senado. Renan decidiu ignorar a decisão do presidente em
exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), que anulou a sessão
da Câmara que aprovou a continuidade do processo.
Renan Calheiros disse que não procede a argumentação de
Waldir Maranhão sobre a forma que a decisão da Câmara deveria ter sido
comunicada ao Senado. "Aceitar essa brincadeira com a democracia seria
ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo. Ao fim e ao cabo, não
cabe ao presidente do Senado Federal dizer se o processo é justo ou
injusto", disse o presidente do Senado.
Com isso, Renan Calheiros determinou que o relator do
processo na Comissão Especial do Impeachment do Senado, Antonio Anastasia
(PSDB-MG), faça a leitura do seu relatório pela admissibilidade do processo no
plenário da Casa. Após a leitura, começará a contar o prazo de 48 horas para
que os senadores votem a admissibilidade e o afastamento imediato da
presidenta, o que deve ocorrer na quarta-feira (11).